domingo, 15 de abril de 2007

Karma


Karma – Sânscrito (acto deliberado).

Originariamente equivalia aos conceitos “movimento” ou “força”, mas na literatura pós védica evoluiu para “lei” ou “ordem” sem perder as conotações anteriores, de modo que pode definir-se como “lei da conservação da força”, no sentido de cumprimento inexcusável das dividas contraídas pelo sujeito em virtude de suas acções.

Nas religiões e filosofias da Índia que carecem de noções de culpa, de castigo e redenção – remissão, o karma é um conceito fundamental para compreender a economia das pulsões humanas e o necessário equilíbrio do comportamento individual.

É uma lei do Hinduísmo que defende que qualquer acto, por mais insignificante, voltará ao indivíduo com igual impacto. Bom será devolvido com bom; mau com mau. Por cada evento que ocorre, vai seguir se outro cuja existência é causada pelo primeiro. E este segundo evento será agradável ou desagradável de acordo com a sua causa. A lei do karma ensina responsabilidade por acções cometidas.


Visto os Hindus acreditarem na reincarnação, o karma não conhece limites de vida/morte.
Todos nós, na nossa actual existência, estamos a recolher aquilo que semeámos nas nossas vidas passadas e, ao mesmo tempo, estamos a semear aquilo que recolheremos na nossa próxima existência.


Por um lado, o karma serve para explicar porque acontecem coisas boas a pessoas más e coisas más aos bons. A injustiça do mundo, a distribuição aparentemente ao acaso do bem e do mal é apenas aparente. Na verdade todos recebem o que merecem... O mal é racional, de acordo com a lei do karma.

Pode ser simbolizado com uma balança. O prato direito corresponde às boas obras e é denominado DHARMA. O prato esquerdo corresponde às más acções e é chamado KARMA. Esta lei é também conhecida como a lei de acção e consequência, ou causa e efeito.
O Karma é uma lei de compensação e não de vingança.
Compreender integralmente a lei do Karma é indispensável para orientar o navio da nossa existência de uma forma positiva e edificante.

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